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Índice Big Mac

Índice Big Mac comparação econômica global

Índice Big Mac é a régua saborosa que a revista The Economist usa desde 1986 para medir quão cara ou barata está a moeda de cada país. No relatório de janeiro de 2025, o sanduíche custou US$ 5,06 no Brasil, contra US$ 5,69 nos Estados Unidos. Na prática, o real aparece 11 % sobrevalorizado frente ao dólar. O dado explica por que o mesmo lanche pesa mais no nosso bolso e lança luz sobre debates de câmbio, poder de compra e políticas econômicas. Entender esse indicador ajuda consumidores, investidores e empresas a enxergar além do preço na placa iluminada do drive-thru.

Como o índice funciona

O cálculo parte de um produto padronizado, feito com ingredientes semelhantes em todas as lojas do McDonald’s. Se o Big Mac custa mais em um país do que em outro, a diferença sinaliza distorções cambiais. A lógica apoia a Paridade do Poder de Compra: itens idênticos deveriam ter o mesmo valor global, depois de convertidos.

Usar um hambúrguer facilita a leitura para quem não domina termos de mercado. Em vez de fórmulas complexas, basta comparar notas fiscais. A simplicidade popularizou o Índice Big Mac em escolas, bancos e noticiários. Ainda assim, ele não é perfeito: impostos, salários e aluguel variam muito e podem inflar ou baratear o preço final.

Brasil no pódio dos preços

Com o valor de R$ 23,90 (aprox. US$ 5,06), o Brasil ocupa a quarta posição entre os lanches mais caros do mundo, atrás de Suíça, Noruega e Suécia. Fatores como carga tributária alta, logística e custos de energia elevam o preço local. Para exportadores, o real “caro” reduz competitividade; já para quem viaja ou importa, o dólar mais baixo é bem-vindo.

No outro extremo, Argentina e China vendem o Big Mac por US$ 1,76 e US$ 3,25, respectivamente. Moedas desvalorizadas estimulam exportações nesses países, mas indicam poder de compra menor para seus consumidores. A diferença mostra como políticas cambiais influenciam o dia a dia — da conta do almoço ao saldo do comércio exterior.

Concluir sem floreios: O Índice Big Mac traduz economia em linguagem de fast-food. Ao comparar o preço do mesmo sanduíche em vários países, ele revela forças cambiais que afetam salários, viagens e negócios. Observar o ranking ajuda a entender por que alguns lanches custam tão caro — e lembra que, às vezes, a variação está no câmbio, não no queijo.