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Review de Assassin’s Creed: Revelations

Atenção: O texto abaixo contém spoilers, caso não queira saber do conteúdo que pode influenciar a experiência de jogo não leia até que tenha terminado. 

A Ubisoft tem feito um trabalho excepcional com Assassin’s Creed. Desde jogabilidade ao enredo e, até mesmo, com ações de marketing: a empresa sempre conseguiu agitar o público e nos deixar satisfeitos. Parece que o primeiro deslize veio com Assassin’s Creed: Revelations.

E Revelações era tudo que esperávamos depois do fim de AC: Brotherhood. Apesar do final cliffhanger ser comum nos jogos da série, o final de Brotherhood não fazia sentido nenhum. Não que ele faça tanto assim depois de zerar o Revelations. Entendam, eu sou um grande fã da franquia, sem dúvidas para mim é o melhor título da geração, mas não tem como passar a mão na cabeça. AC: Revelations é muito mais uma enrolação do que deveria ter sido. Principalmente, quando se trata do enredo que sempre foi O ponto forte da série.

Enredo

Sem compreender o que ocorreu no final do jogo anterior, você acorda como Desmond numa Ilha. Bem estranha, por sinal. Lá você descobre que depois de ser possuído pela Piece of Eden e ter matado sua namoradinha, você entrou em coma. Pra te salvar, seus amigos te colocam no Animus e o Subject 16 (um cara que vive no Animus) fala que você está com a memória quebrada e precisa recuperar todos os fragmentos restantes para poder acordar e sair dali.

Nesse momento, você entende que, na verdade, a franquia Assassin’s Creed não é sobre Altair ou Ezio, e sim sobre Desmond. Ele é muito mais importante para série do que parecia. Como parte da recuperação, você recupera as memórias de Desmond, através de 5 minigames que vão sendo ativos conforme o jogador coleta fragmentos de memória (similares às penas em AC2). Os minigames são puzzles em primeira pessoas e são bem divertidos até. O mais interessante dessa parte, é você conhecer mais do passado do protagonista desde à infância conturbada, por ser filho de Assassinos, até a chegada ao prédio da Abstergo no primeiro jogo.

Aqui um exemplo do puzzle de memória de Desmond:

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Bom, no final de Brotherhood a saga de Ezio havia sido finalizada. Pois bem, depois do “final feliz”, Ezio descobre a Biblioteca de Masyaf lendo umas cartas antigas de seu Tio Mário, e que isso se localizava no antigo templo do lendário Assassino Altaïr Ibn-La’Ahad. Ezio parte rumo à Síria, chegando lá encontra o templo dominado por Templários, enfrenta eles e ao matar seu chefe acaba encontrando o Diário de Niccolo Polo, pai de Marco. Assim, descobre que são necessárias 5 chaves para abrir a Biblioteca. E assim é pautada a nova aventura de Ezio, ir à Constantinopla e encontrar as Chaves.

O trailer abaixo mostra esse combate. É a abertura do jogo e foi um elogiado teaser de anúncio:

[youtube id=”AVciAN6cJUI” width=”600″ height=”350″]

A cada chave adquirida é liberada uma memória de Altäir. Infelizmente, é a parte do jogo que realmente vale a pena: ver que fim deu a saga do primeiro Assassino que conhecemos. E o encerramento da memória e vida de Altäir coincidem com o final do jogo, claro. É sensacional ver o fim que se deu, como ele dedicou a sua vida e perdeu toda a sua família em prol da causa dos Assassinos. Altäir acaba velho, cansado, sem sua esposa ou filhos, com a esperança de que salvar o Pedaço do Eden realmente valha a pena. Esse fim é bem triste e emocionante.

A História do jogo acaba aqui, voltando para o presente e encerrando com outro cliffhanger que faz gancho direto(será?) para o próximo jogo da franquia. O que muitos fãs esperam, é que a saga de Desmond se encerre nesse jogo. Ou pelo menos essa parte da história. Não dá pra aturar mais um AC sem o evento catástrófico acontecer. E precisamos de um AC inteiro com o Desmond. Precisamos.

Jogabilidade

Sobre o gameplay, ele basicamente é o mesmo. Afinal é a mesma engine, o mesmo personagem, não havia o porquê de modificar agora que está se encerrando um ciclo. Foram adicionadas duas novidades a hookblade(lâmina bico-de-águia) e o sistema de bombas. A primeira não fez tanta diferença assim, é legal poder usá-la pra andar de tirolesa na cidade mas se não tivesse ninguém ia sentir falta. Quanto ao sistema de bombas, eu gostei bastante. Muito interessante mesmo. Adicionaram uma estratégia bacana, o mesmo instrumento servia pra distrair, confundir e atordoar os inimigos. Mas a verdade é que elas só eram realmente úteis se você completasse as missões de maneira stealth/furtiva, que eu admito só fazer desse jeito para completar as missões 100%. E como ja conversei com alguns amigos, acontece pouco.

Conclusão

Assassin’s Creed: Revelations é um jogo mediano. As partes que realmente valem a compra são as memórias de Desmond e Altäir. De resto, o jogo não anima muito. Mas, ainda assim é Assassin’s Creed. Ainda é um bom jogo e, sem dúvidas, vale a compra. Só não pense que terá uma experiência tão empolgante como foi em AC: Brotherhood. Em AC: Revelations, as coisas são… mornas.

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