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Qual a diferença entre Educação Especial e Educação Inclusiva?

Modelos têm diferenças, mas buscam igualdade de oportunidades

A educação é muito importante e um direito fundamental de cada indivíduo. Ela ajuda no desenvolvimento de um país, mas vai muito além do aumento da renda individual ou das chances de se obter um emprego. Por meio dela, podemos proporcionar a igualdade entre todos os cidadãos, incluindo crianças e adolescentes deficientes, garantindo nosso desenvolvimento social, econômico e cultural.

A educação de qualidade assegura o cumprimento dos direitos do cidadão. Por isso é de fundamental importância o papel da escola ensinar aos alunos a compartilharem o aprendizado e as emoções, além de discutirem e trocarem experiências em sociedade. No caso das crianças e adolescentes deficientes, alguns colégios vão se dedicar a apenas um tipo de necessidade e outros com vários. Independente disso, o objetivo de todas essas instituições é um só: promover a igualdade de oportunidades. No entanto, há um erro recorrente – e compreensível – nessa área: a confusão provocada pelos termos Educação Inclusiva e Especial.

Educação

Educação Inclusiva x Educação Especial

Os objetivos, tanto da Educação Inclusiva quanto da Especial são os mesmos da chamada Educação Tradicional. O que difere, no entanto, é o atendimento ao aluno, que passa a ser de acordo com as diferenças individuais de cada um deles. Ambas se desenvolvem em torno da igualdade de oportunidades, atendendo às diferenças individuais de cada criança através de uma adaptação do sistema educativo. Mas, quando comparamos a Educação Inclusiva com a Especial, aí sim temos diferenças significativas. Confira:

  • Educação Inclusiva

Na Educação Inclusiva, todos os estudantes, com e sem deficiência, têm a oportunidade de conviver e aprender juntos. Dessa forma, o objetivo é eliminar os obstáculos que limitam a aprendizagem e participação discente no processo educativo, promovendo a diversidade entre as crianças e buscando uma mudança de paradigma educacional.

  • Educação Especial

Não existem alunos sem deficiência na Educação Especial, o que tem gerado críticas por sua exclusividade e por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais. Por outro lado, as escolas com educação especializada contam com materiais, tecnologia, equipamentos e professores especializados, enquanto o sistema regular de ensino ainda precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva.

Como é a situação da pessoa com deficiência no Brasil?

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pessoas com deficiências representam 10% da população mundial. Só no Brasil, existem mais de 20 milhões de habitantes com algum tipo de deficiência. No entanto, mesmo a Constituição Brasileira – através da Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação (9.394/96) – assegurando o direito de educação pública e gratuita aos deficientes, ainda assim, a grande maioria das crianças com necessidades especiais ainda está fora do sistema tradicional de ensino.

No Brasil, diferentemente de outros países, existe uma Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva que inclui outros tipos de alunos, além dos que apresentam deficiências, e acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais para constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos.

Qual a importância de uma educação Inclusiva e Social?

Atualmente, a Educação Inclusiva é considerada fundamental no ensino para crianças especiais já que, quando contextualizada em uma escola regular, ela ganha respeito e dignidade, e seu lado emocional e psicológico será melhor desenvolvido. Além disso, sua família também não sofrerá mais por sentir discriminação de outras pessoas e terá ainda mais tranquilidade e confiança no colégio. Uma instituição que pensa nas diferenças humanas e abre espaço para a inclusão social está de braços abertos para a construção de uma sociedade melhor.

No entanto, para uma inclusão realmente eficiente de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns, a escola regular precisa oferecer:

  • Possibilidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos, especialmente aos que possuem deficiências;
  • Tecnologias que permitam cada vez mais a integração de crianças com necessidades especiais nas escolas, facilitando todo o seu processo educacional e visando a sua formação integral;
  • Um grupo de profissionais que trabalha em educação especial, como educador físico, professor, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo.
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